Direito à Saúde e a Importância da Continuidade Assistencial

11 de junho de 2025

Entre os princípios mais fundamentais do ordenamento jurídico brasileiro está o direito à saúde, garantido pela Constituição Federal como um direito de todos e dever do Estado. No âmbito dos planos de saúde privados, esse direito também se manifesta por meio de contratos, normas da ANS e decisões judiciais que asseguram o acesso contínuo aos tratamentos prescritos pelos médicos.

Em meio a tantos desafios enfrentados por pacientes com doenças graves, crônicas ou progressivas, um tema recorrente e sensível é a tentativa de interrupção de tratamentos médicos em andamento — muitas vezes por rescisão contratual, exclusão de cobertura ou descredenciamento de prestadores de serviço.

A continuidade assistencial é mais do que uma diretriz administrativa: trata-se de um pilar da proteção à vida e à dignidade da pessoa humana.

O que é a continuidade assistencial?

É o princípio que garante ao beneficiário a manutenção do tratamento médico iniciado, mesmo diante de mudanças contratuais, encerramento de vínculo com a empresa contratante (nos casos de planos coletivos) ou até mesmo tentativa de cancelamento unilateral pela operadora.

Isso significa que, uma vez iniciado o tratamento — especialmente quando vital ou contínuo —, a operadora não pode interrompê-lo sem colocar em risco a saúde ou a vida do paciente.

O respaldo jurídico

O tema é regulado por decisões consolidadas do Superior Tribunal de Justiça (STJ), com destaque para o Tema Repetitivo nº 1.082, que estabelece:

“A operadora de plano de saúde deve manter o tratamento do beneficiário em curso, mesmo após a rescisão do contrato, desde que o beneficiário arque com as mensalidades.”

Além disso, a jurisprudência tem reforçado que:

Rescisões unilaterais durante tratamento contínuo violam a boa-fé contratual e a função social do contrato;

A negativa de continuidade coloca o paciente em situação de vulnerabilidade jurídica e médica;

O direito à saúde se sobrepõe à lógica comercial do contrato.

Situações comuns em que o princípio é violado

A GV Assessoria Jurídica acompanha diversos casos em que a continuidade do tratamento é ameaçada por situações como:

Cancelamento do plano coletivo empresarial, mesmo com o paciente em tratamento oncológico ou dialítico;

Descredenciamento de clínicas e hospitais durante o tratamento;

Negativa de cobertura de sessões futuras, sob a justificativa de esgotamento de limites contratuais;

Mudança de operadora sem garantia de continuidade com os mesmos profissionais ou centros especializados.

Essas situações não só geram insegurança ao beneficiário, como colocam em risco direto sua saúde física e emocional.

O que o paciente pode fazer?

Se você está em tratamento e recebeu algum comunicado de cancelamento, interrupção ou mudança na rede, é essencial:

Exigir justificativa formal e detalhada da operadora;

Reunir documentos médicos e registros do tratamento já iniciado;

Não interromper o tratamento por conta própria;

Buscar imediatamente apoio jurídico especializado.

Como a GV Assessoria Jurídica pode ajudar

Nosso trabalho é pautado na defesa técnica e humana dos beneficiários, especialmente em momentos de fragilidade como o enfrentamento de uma doença grave.

Atuamos com agilidade para:

Garantir a manutenção imediata do tratamento, por meio de medidas judiciais urgentes;

Reverter cancelamentos indevidos de contrato;

Restabelecer a rede credenciada anterior ou assegurar o reembolso completo de tratamentos fora da rede;

Orientar o paciente sobre seus direitos em cada etapa do processo.

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